Mais uma vez no J.I.
Aquário, o milagre do nascimento manifestou- se em todo o seu esplendor neste
início de Primavera!
Junto
às janelas da sala dos golfinhos, há alguns anos plantámos um damasqueiro. Árvore
com aspeto frágil e completamente despida durante o Inverno, no início do mês de
Março apresentou pequenos botões, até que ficou repleta de flores, que fizeram
a alegria das abelhas e abelhões e que alertaram as crianças para a chegada da
primavera.
De
tal modo os seus galhos estavam floridos e branquinhos que parecia que tinha
nevado. Depois as flores caíram e surgiram no seu lugar cachos de pequenos
frutos verdes.
São
tantos pequenos damascos, que só num ramo contámos 27 frutos.
Para
os podermos comer, agora é preciso esperar que o Sol do Verão faça o seu
trabalho.
Por
sua vez, pequenas folhinhas verdes começaram a despontar na amoreira e
avisaram-nos que tinha chegado a época do nascimento dos bichinhos-de-seda,
cuja dieta é composta unicamente de folhas de amoreira.
Assim,
podemos observar a metamorfose da borboleta, que inicia a sua vida como lagarta
minúscula e muito comilona. Rapidamente cresce, torna-se adulta, faz o casulo e
dentro dele torna-se crisálida e termina como borboleta, cuja missão é pôr ovos
numa repetição incessante, que irá dar continuidade à espécie.
Por
último, a pavoa e as galinhas puseram ovos que colocámos na incubadora.
Investigámos
o tempo de gestação de cada espécie e fizemos um calendário onde a cada dia que
passava fazíamos uma cruz, até chegarmos à muito esperada data.
Com
o observador de ovos, descobrimos que os ovos da pavoa não tinham pavõezinhos a
crescer, por isso tirámos da incubadora, observámos a gema dos ovos e deixámos
só os de galinha que eram seis.
Quando
chegou o dia marcado, mais uma vez a natureza foi perfeita e uma pequena bicada, foi o sinal de que chegara a hora. Um após
outro, debicaram os seus ovos e impelidos pelo instinto natural saíram das suas
cascas. Pequenos, com as penas húmidas e sem força para andarem, iniciaram a
sua vida.
Apenas
um ficou por nascer, pois foi posto na incubadora uma semana mais tarde. Mas
também este acabou por partir a casca no dia previsto para o seu nascimento. Como
todos os outros, nasceu frágil e a necessitar de cuidados, carinho e proteção. Uma
lâmpada de aquecimento substituiu o calor da mãe e água limpa e milho moído nunca
podiam faltar.
Transformámo-nos
em mães cuidadoras, pois vimo-los nascer e ajudámo-los a crescer. Ficámos a
saber mais sobre o nascimento e a vida dos pintos. Pesquisámos, observámos e
responsabilizámo-nos por eles e para que tudo fique registado, fizemos vários
trabalhos na sala.
Finalmente
por estarmos tão encantados e envolvidos com o nascimento dos nossos pintos, no
Dia do Encontro Poético da nossa sala preparámos, ensaiámos e apresentámos a
dramatização da história da galinha ruiva, declamámos pequenas poesias e cantámos
canções alusivas ao tema. Assim, ao serem convidados para virem à nossa escola, também os pais e restantes familiares, ficaram a conhecer os nossos pintos e
compreenderam melhor o nosso trabalho.
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