Número total de visualizações de páginas

terça-feira, 31 de maio de 2016

Á Descoberta das ervas aromáticas e medicinais no JI Aquário

Andámos a explorar o nosso recreio e observámos que existe uma grande variedade de ervas aromáticas e medicinais!

Fomos investigar e descobrimos que estas ervas têm “poderes especiais”, podem ser utilizadas na alimentação e até nos podem tratar quando estamos doentes.
Têm propriedades antissépticas, antibacterianas, anti inflamatórias.

“Matam os bichos do corpo”
“Tiram a tosse”
“Matam os germes e os vírus”
“Destroem os micróbios”
“São como as vacinas”
“Fazem mal às bactérias”
“Curam as doenças, as dores de barriga e a tosse”


Observámos, tocámos, cheirámos e apanhámos as nossas ervas aromáticas e medicinais




Depois de apanharmos as ervas aromáticas, fomos para a sala e transformámo-nos em cozinheiros, cientistas e farmacêuticos.
Depois de lavadas e com a ajuda de vários utensílios, como o almofariz, começámos a esmagar as nossas ervas para começar a fazer as nossas infusões. Aproveitámos também para fazer unguentos que tratam as feridas.




Depois de filtrarmos as nossas infusões com um filtro, começamos a preparar a calda (base de água e açúcar). Preparámos a nossa calda com todo o rigor, pesámos e medimos os ingredientes com muita atenção, utilizando uma balança e um copo medidor.
Cozeu durante 35m e deixámo-la arrefecer…estava no ponto!
Agora era só juntar as nossas infusões, com a ajuda de uma pipeta.






Estavam prontos os nossos remédios, agora era só provar e mostrar aos pais o laboratório que improvisámos na nossa sala onde mostrámos cada passo para a elaboração dos nossos xaropes e unguentos. Para isso aproveitámos o Dia da mãe e convidámos as famílias a participar nesta atividade onde crianças, pais, mães e equipa pedagógica participaram num momento de convívio e partilha de saberes.






Chegámos à conclusão que na Natureza existe tudo o que necessitamos, desde a alimentação até aos xaropes biológicos, evitando o uso de químicos.

Os 16 pintos irmãos ou o nascimento de pintos numa incubadora na sala- JI Aquário


Duas caixas apareceram na nossa sala, na manhã de 25 de janeiro. Quando as crianças chegaram à sala, surgiu este diálogo:

L – Olhem, duas caixas cheias de ovos. Fui eu que trouxe da quinta da minha avó.
D-  São muitos ovos, se calhar hoje vamos fazer um bolo.
Ed.- Não vamos fazer bolos porque estes ovos são especiais e não os vamos cozinhar. Vieram da capoeira da avó da Luz. Vamos sim, fingir que somos a mãe galinha e ajudar os pintainhos a nascerem e a crescerem e vamos todos ser responsáveis pelo seu bem-estar, como uma espécie de padrinhos.


Assim, com a ajuda de uma incubadora elétrica, colocámos os 18 ovinhos no choco. Estudámos e aprendemos quantos dias teríamos que esperar até ao seu nascimento e qual a temperatura que tinha se manter. Aprendemos que o tempo de incubação dos pintos é de 21 dias e fizemos um calendário onde marcámos os 21 dias seguintes, que eram obrigatoriamente marcados a cada dia que passava.

 










 A meio do final do tempo previsto, com a ajuda do mira de ovos, vimos que os pintainhos estavam a crescer dentro dos ovos e que só dois é que não tinham pinto. Partimos os dois ovinhos e vimos que cada um tinha uma gema amarela.
L -  Porque é que não tem pintainho?
M - Porque estes ovos vieram enganados. Estes são do Jumbo, acho eu.
L- Não, vieram da quinta da minha avó. Se calhar os pintos morreram.
Ed.- Não morreram, porque nunca existiram. Não têm pintainhos dentro porque a galinha não tinha um galo para namorar quando pôs os ovos.




E a expetativa crescia conforme o tempo ia passando. Até que chegou o muito esperado dia 15 de Fevereiro, e a natureza como que guiada por um relógio, não nos decepcionou.
Um ovo começou a ser bicado, logo seguido por outro, e mais outro, e… quinze ovinhos começaram a partir-se e quinze pintainhos saíram das suas cascas. Com as penas molhadas e ainda meio tontos, devagar lá começaram a tentar pôrem-se de pé. Passadas umas horas já se levantavam, piavam e tinham as penas bem sequinhas. Só um ovo continuava inteiro, até que se começou a mexer e um biquinho apareceu.
D - Uau! Está a nascer o ultimo pintainho. Já são 16, mas ele está demorado…Será que consegue?
Ed – Não sei. Vamos esperar mais um tempinho e se à tarde ele ainda não tiver saído do ovo, vamos tentar ajudá-lo a partir a casca, mas temos que estar preparados pois pode não conseguir sobreviver.


 

Por ter as penas coladas à casca estava a demorar muito tempo a nascer e então fizemos de enfermeiros e com muito cuidado lá o conseguimos tirar cansado e muito fraco. Enquanto isso, os seus 15 irmãos foram mudados para uma caixa grande de cartão aberta por cima, toda forrada com desenhos onde escrevemos os nomes com que cada criança batizou o seu afilhado. O pintainho mais pequeno teve que permanecer mais um dia na incubadora. Pusemos palha na caixa, uma luz de aquecimento suspensa, para lhes dar o calor que o chôco da mãe lhes daria, um bebedouro com água e um recipiente com comida. No dia seguinte apesar do receio do nosso pequenote não resistir, quando chegámos à sala encontrámo-lo são e salvo. Trôpego e com as penas ainda meio pegadas, ele aguentou-se e foi transferido para junto dos seus irmãos. Felizes, vivem agora todos juntos a piar, dormir, comer e beber e é um prazer vê-los crescer de dia para dia com o carinho e alegria das crianças. 









Tal como as pessoas, todos estes “bebés” quando nascem são muito frágeis e necessitam de muitos cuidados, carinho e proteção. Investigámos as suas necessidades e características e transformámo-nos em mães e em médicos, pois vimo-los nascer e ajudámo-los a crescer.








Observar como os animais se reproduzem, nascem e crescem, é para nós uma fonte inigualável de conhecimento e uma experiência emocional inesquecível. Poder vê-los nascer e crescer, responder às suas necessidades e observá-los (forma de locomoção, de que é coberto o seu corpo, qual a sua voz, de que se alimenta, etc.) comparando semelhanças e diferenças, é uma forma de adquirir informação relativamente ao meio natural que permite uma forte componente ecológica, tão afastada da realidade das crianças que vivem no meio urbano e que tanto interesse lhes desperta.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

A pequena espinhosa - JI Aquário

A pequena espinhosa

A Francisca mora em Tróia e disse-nos que tinha encontrado lá um ouriço-cacheiro e que era um bocadinho ceguinho. Os pais tiveram pena do animal e levaram-no para a sua casa. Colocaram uma casinha na varanda e pesquisaram qual a sua alimentação e descobriram que na natureza se alimentava praticamente de frutos e pequenos animais, nomeadamente caracóis. Também descobriram que o ouriço era na verdade uma ouriça e batizaram-na de Pequena Espinhosa, apesar de já ser adulta.



Como os pais da Francisca nunca estão em casa durante o dia e como sabem que nós somos muito amigos dos animais perguntaram-nos se queríamos ficar com a Pequena Espinhosa e começámos logo a pensar numa casinha para ela descansar e se poder divertir. No entanto sabendo tratar-se de um animal selvagem fomos investigar mais acerca desta espécie e descobrimos que é proibido manter estes animais em cativeiro, ou seja, precisam viver livres no seu habitat. Também descobrimos a existência de uma associação que se responsabiliza pelo bem-estar destes animais e que possui um espaço próprio e técnicos especializados para assegurarem a sobrevivência da espécie.  



Então com um misto de pena e de alegria soubemos que no dia seguinte a Pequena Espinhosa iria para a sua nova casa, viver com os outros ouriços, mas que antes viria passar o dia connosco. Assim foi, e a Pequena Espinhosa correu todo o dia pela sala e fez a alegria de todos, com o seu focinhito engraçado e o corpo redondinho cheio de picos - que afinal não picavam assim tanto, porque ela era muito meiguinha, desde que não a apertássemos ou assustássemos.










quarta-feira, 18 de maio de 2016

Parceria com uma banca de produtos biológicos no Mercado do Livramento - JI Aquário



Como todos sabem nós plantamos, regamos e tratamos das hortas e dos animais com a intenção de conhecer melhor a origem dos alimentos, promovermos e proporcionarmos uma vida saudável e aprendermos a respeitar e preservar a natureza que nos acolhe, alimenta e protege em toda a sua variedade e esplendor.





Por abraçarmos esta causa e apoiarmos a diversificação de conhecimentos que se adquirem de forma ativa e participada, cada vez mais vamos alargando as nossas espécies vegetais e animais.









Para ajudarmos as plantas a nascerem e crescerem só utilizamos como fertilizantes produtos naturais e provenientes da nossa escola (estrume das cabrinhas juntamente com composto obtido nos compustores).

Com estas “vitaminas” as nossas plantas crescem e são consideradas biológicas, pois não são utilizados quaisquer produtos químicos e/ou pesticidas. Assim sabemos que são alimentos saudáveis que protegem a nossa saúde e que respeitam o ambiente durante o seu crescimento.







Com tanto empenho surgem os resultados e para escoarmos os nossos produtos aproveitamos para compreender as bases da economia, onde o trabalho significa fonte de rendimento. Realizamos vendas na nossa escola e ainda estabelecemos uma parceria com uma vendedora de produtos biológicos numa banca no Mercado do Livramento. A verba obtida reverte para a manutenção e constante melhoramento destes espaços.






As idas ao mercado para levarmos os nossos produtos para vender geram sempre uma grande alegria, não só porque nos sentimos úteis e crescidos, mas também porque a Dª Guilhermina é muito querida e simpática. Fala connosco, pesa os limões, conta os molhos de legumes ou ervas de cheiro que levamos, diz quanto rendeu a ultima leva, entrega-nos o dinheiro e gaba sempre o nosso trabalho.





No fim despedimo-nos e a Dª Guilhermina oferece-nos hortaliças para as cabras e tomates - cereja para o nosso almoço. Assim todos ficamos contentes.