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segunda-feira, 18 de maio de 2015

Visita às Salinas do Samouco- JI Aquário

No âmbito do projeto selecionado pelo Concurso Fundação Ilídio Pinho “ Sal é Vida… com conta, peso e medida”, as salas dos Golfinhos e das Estrelinhas visitaram as Salinas do Samouco em Alcochete, onde se passou um dia diferente e muito agradável.


A visita teve início com a partida da escola às 9:30h da manhã e após quase 1hora de viagem em autocarro lá chegámos ao Samouco, onde o André - biólogo que trabalha neste Complexo, nos esperava. Seguimos o seu carro por um caminho de areia e logo fomos surpreendidos pela beleza e paz deste local. Aqui, bem perto da Ponte Vasco da Gama e com vista para Lisboa, habita um grande número de aves, de diferentes espécies. Por esta razão é aqui que se situa o Núcleo Museológico do Sal e Proteção de Aves do Estuário do Tejo. Na casa/museu, assistimos a um filme sobre as salinas e rapação de sal, assim como vimos inúmeros bandos de aves que ali se encontram por existir grande disponibilidade de alimentos. Seguidamente o André ajudou todas as crianças a observarem flamingos que apesar de estarem distantes se viam perfeitamente com a ajuda de um telescópio.

 

 
Após estes momentos de estudo, seguiu-se um percurso pedestre para visitarmos as salinas propriamente ditas, onde vimos os tanques de areia com água e as respetivas comportas, responsáveis pela diferente profundidade da água existente em cada tanque e consequente grau de salinidade. Embora nesta época do ano, os tanques só tivessem água (pois necessitam de mais sol para que a água se evapore e se formem os cristais de sal) vários montes de sal estavam depositados nos caminhos que rodeavam os tanques e as crianças, habituadas a verem o sal nas suas cozinhas, ficaram muito admiradas com as dimensões dos mesmos.


 
 
Nesse local encontrava-se uma cabana de madeira onde o sal recolhido era armazenado, separado por sal grosso (obtido por extração direta), sal fino (após ser moído numa máquina) e flor de sal (que é o tipo de sal mais caro, pois trata-se de um sal que se forma em lâminas, numa fina camada à superfície e que nunca entra em contacto com a terra). Observámos, provámos e apreciámos a cor, a densimetria e o sabor e salinidade dos diferentes tipos de sal.
 

 

Terminada esta visita, as crianças tiveram a oportunidade de contactar com uma família de burros de raça Mirandesa, atualmente em vias de extinção, que habituados a terem visitas aproximaram-se do grupo de crianças que alegremente lhes fizeram festas e deram ervas a comer.

Cansados de tanto andarmos, voltámos para o polo museológico e almoçámos ao ar livre numas mesas aí colocadas, sob toldos que nos davam sombra e num espaço suficientemente amplo e seguro para as crianças brincarem após a refeição.



Ainda visitámos uma outra cabana de madeira dedicada ao estudo e proteção das aves. Aí existiam imitações de pássaros, esqueletos de cabeças de diferentes espécies, anilhas para identificação, balanças e réguas de medição, inúmeros posters, etc., para estudo dos pássaros que por ali passam em migração ou que lá habitam permanentemente. 



 
Terminámos a observar pequenos viveiros de salicórnia, que é uma planta que sobrevive com água salgada e que por este motivo tem um sabor que faz com que se possa utilizar na cozinha como alternativa ao sal.

À saída ainda passámos por uma lojinha onde se podia comprar sal marinho, flor de sal e sabonetes muito bem cheirosos confecionados com leite de burra. Finalmente e com muita pena nossa, dissémos adeus ao André, que mais uma vez deu provas da sua simpatia ao oferecer-nos de presente um enorme saco com sal marinho, pois sabia que estamos envolvidos num projeto dedicado ao sal, que muito valorizamos.


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