Sal é Vida … com conta, peso e medida.
Projeto
desenvolvido na sala dos golfinhos como resposta às questões colocadas pelas
crianças após a descoberta de uma maçã, que esquecida na sala, acabou por
apodrecer:
-Porque
é que a maçã ficou podre?
-Já
sei! É porque não foi para o frigorífico.
-E
se não houver frigorífico? Como é que se faz para isto não acontecer?
Pesquisámos
na net e chegámos à conclusão que antigamente não havia eletricidade nas casas
e existiam 4 formas de se preservarem os alimentos: Congelados nos
países onde existia neve ou gelo, secos ao Sol, em climas com muito
pouca humidade, fumados quando postos ao fumeiro (coisa que só se podia
fazer se estivessem em lugar fixo) e salgados, ou seja, cobertos com sal
e secos graças à propriedade do sal desidratar os alimentos. Ficámos
também a saber que a salga era uma das formas mais utilizadas e que Setúbal era
um dos principais pólos de extração de sal da Europa, que por ser de fácil
transporte era exportado para muitos lugares. Por esta razão e por termos tido
conhecimento de que esta atividade ancestral se encontra atualmente em extinção
na nossa cidade, resolvemos descobrir os seus segredos e iniciámos o projeto,
onde as atividades foram pensadas de modo a proporcionar às crianças
aprendizagens e vivências científicas reais, articulando com saberes culturais,
através de atividades integradoras de caráter prático.
Assim nasceu “Sal é Vida …com conta, peso e
medida! - outrora considerado ouro branco, quase foi proscrito. Pretendemos
recuperar a sua imagem.”
-Fomos conhecer a história do sal, sempre interligada com a história da nossa cidade e compreendê-la como parte integrante da nossa identidade;
- Quisemos perceber onde está, como se produz e
extrai; conhecer pessoas ligadas a esta atividade e compreender as várias
etapas da produção artesanal; observar tratar-se de um mineral natural de
inesgotável acesso e não poluente, em todo o seu processo.
- Observámos,
experimentámos e descobrimos as suas características naturais, propriedades e
qualidades físicas e químicas;
- Reconhecemos
o sabor do sal e a sua presença em quase todos os alimentos e aprendemos que é
essencial para a vida, embora conscientes do perigo dos excessos. E como a
criatividade também é essencial para a vida utilizámos sal em atividades de
expressão plástica;
- Compreendemos e explorámos o seu potencial económico
e muito em voga, ao contactarmos com pessoas ligadas à restauração e através da
venda dos nossos produtos
- Fizemos a divulgação do nosso trabalho através da
elaboração de um Feira Medieval aberta à comunidade, onde crianças e familiares
fizeram uma viagem no tempo e divertidos puderam vivenciar um pouco o espírito
e o comércio da época. Também os blogs apresentados no site da nossa escola, proporcionaram
a oportunidade de mostrar as muitas potencialidades do sal e de alertar para a
atual desativação das salinas de Setúbal, que utilizavam uma matéria-prima
local que é ecológica, pois não é poluente em todo o seu processo e que está sempre
disponível e talvez pudesse promover
postos de trabalho e ser uma mais-valia para nossa cidade.
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