A sala dos Pinguins foi à
Gulbenkian visitar a exposição “Arte em Movimento”. Ao longo da visita vimos e imitámos
estátuas do Egipto, viajámos em tapetes voadores, vestimos fatos Ninja, andámos
de comboio e de barco, mergulhámos nas ondas, utilizando a nossa imaginação e o
nosso corpo, tentando representar as obras de arte que íamos vendo.
Na escola, inspirados no movimento dos elementos da Terra e da Mãe Natureza, fizemos algumas pinturas que representam o movimento do mar, do vento, das galáxias e até do crescimento das plantas, utilizando diversas técnicas e materiais, dando a ilusão de movimento.
Também no mesmo dia, a sala dos golfinhos participou numa visita de estudo ao Museu Gulbenkian intitulada “Viagens Extraordinárias- Coleção do Fundador”. Esta visita propunha uma introdução ao espaço do museu e às peças expostas e logo à chegada, fomos recebidos por uma monitora que nos orientou através de uma viagem exploratória, com o auxílio de uma mala muito especial e de um passaporte, onde se registaram orgulhosamente as nossas paragens junto a obras de arte que observámos e explorámos e que eram provenientes dos vários cantos do mundo.
"Estava à nossa espera uma menina crescida que se chamava Joana e tinha
uma mala e um livro pequenino que se chamava passapost ou lá o que era o nome e
que era para marcarmos o que estávamos a ver e de que país eram as coisas” B. (4 anos)
“Dentro da mala ela tirou um colar de pérolas cor de laranja que era
como o de uma menina que estava pintada num quadro e que parecia vaidosa e estava
muito séria e olhava para outro quadro” M. (5 anos) – Retrato de uma jovem- quadro de Domenico Ghirlandais, europa,
séc.XV
“Depois tirou dois pauzinhos chineses para eles comerem e fomos à
procura de coisas chinesas e vimos uma pintura muito grande com muitos desenhos
chineses que era do tamanho da parede toda e a Joana disse que era um biombo
feito de madeira. Estavam lá pessoas da China a conversar, a andar de cavalo, a
tocar música, a atirar flechas, a comer e a beber e havia guardas e tambem
prendas e a Joana disse que era a festa de anos de um general chinês e nós
vimos pessoas a cantar os parabéns, eu acho” P. (5 anos) - Biombo de Caramandel – China,
séc.XII
“A seguir a Joana tirou um pano e disse que era uma toalha para
fazermos piqueniques e foi-nos mostrar uma caixa de madeira muito bonita que
estava dentro do vidro e disse que era uma caixa japonesa. Era de madeira
brilhante, pintada com flores e tinha lá dentro pauzinhos, taças e um pano
muito arrumadinho. Os paus são para comer sushi que eu adoro e eu achava que as
taças eram para a sopa mas a Joana disse que eram para beber chá” C (5
anos).- caixa de piquenique- artesão japonês, séc. XVIII
"No fim a Joana ainda tinha uma coisa na mala e eram nuvens de algodão.
Andámos no museu a ver se encontrávamos nuvens e descobrimos um desenho numa
parede mas eram azulejos. Eram azulejos como os das casas de banho mas eram pintados
e pareciam um quadro. Tinham céu azul escuro, nuvens azuis e nuvens brancas,
flores azuis e brancas e joaninhas, caracóis, um mocho, formigas e aranhas. Era
um jardim à noite e não tinha mais nada” M. (5 anos) - Jardim noturno - azulejos da Turquia,
séc.XVI
Acabámos sentados a marcar o nosso passaporte e a lembrar aquilo que vimos e o que mais nos agradou e despedimo-nos felizes da Joana para voltarmos de autocarro para a nossa escola cansados, que já era tarde para irmos almoçar...
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